O novo empréstimo consignado com garantia do FGTS, lançado pelo governo federal para trabalhadores com carteira assinada, acende um alerta que vai além do financeiro: quais os efeitos clínicos e emocionais do endividamento no cotidiano dos brasileiros?
A nova linha permite o uso de até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, e permite descontar até 35% do salário líquido, diretamente na folha, via sistema eSocial. A contratação é digital, feita exclusivamente pelos canais oficiais, por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).
Apesar do apelo de “crédito facilitado com juros menores”, médicos e psicólogos observam um movimento preocupante: cresce o número de pacientes com queixas emocionais, físicas e metabólicas associadas ao estresse financeiro.
Quando a dívida afeta o corpo
Estudos clínicos mostram que o estresse crônico gerado pelo endividamento pode desencadear uma série de manifestações, como:
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Insônia e distúrbios do sono
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Alterações na pressão arterial
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Ansiedade generalizada
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Queda da imunidade
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Agravamento de doenças pré-existentes
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Afastamento do trabalho por exaustão mental
Para a advogada Renata Abalem, a orientação é clara: “O crédito deve ser o último recurso. Se a pessoa usar o FGTS — sua única reserva de segurança — para contrair uma dívida sem planejamento, o impacto vai muito além da planilha. Ele atinge o emocional.”
Pressão sobre o sistema de saúde
A consequência é direta: quanto maior o número de pessoas emocionalmente instáveis ou com doenças agravadas por questões financeiras, maior a sobrecarga do sistema de saúde, tanto público quanto privado.
Em um cenário onde o trabalhador já enfrenta desafios como alta no custo de vida, instabilidade econômica e pouco acesso a educação financeira, a introdução de linhas de crédito como essa exige monitoramento não apenas econômico, mas de saúde pública.
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