Pesquisa revela: Homens reconhecem necessidade de cuidar da saúde, mas barreiras persistem

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No mundo atual, o cuidado com a saúde tornou-se um tema crucial e, felizmente, a consciência sobre essa importância parece estar crescendo entre os homens. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em conjunto com o QualiBest, revelou que 83% dos homens reconhecem a necessidade de priorizar mais sua saúde. No entanto, a rotina estressante é apontada por 51% deles como o principal obstáculo, seguida pelo acesso à saúde, mencionado por 32% dos entrevistados.

Entre os dados relevantes, destaca-se que 63% demonstraram uma preocupação significativa com sua saúde. A pesquisa, conduzida com 815 pessoas, revelou que mais da metade dos entrevistados depende do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto cerca de um quarto utiliza sistemas suplementares de saúde, e aproximadamente um quinto recorre a ambos.

Uma descoberta interessante foi que 88% dos homens consultam um médico pelo menos uma vez ao ano, sendo que 84% deles são responsáveis por agendar suas próprias consultas. No entanto, ainda existe um grupo de 10% que depende de suas parceiras para essa tarefa.

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, destaca um progresso ao longo dos anos, porém ressalta que ainda há regiões onde persiste um forte preconceito que impede os homens de cuidarem de sua saúde. Ela enfatiza o papel fundamental da campanha Novembro Azul na conscientização.

No entanto, preocupações são levantadas pela presidente, pois muitos homens acabam agravando problemas de saúde ao postergar o diagnóstico precoce, o que impacta negativamente nos custos e na eficácia dos tratamentos.

A pesquisa revelou que 42% dos homens reconhecem estar acima do peso, sendo que 31% possuem um sobrepeso entre 6 e 10 quilos, enquanto 25% estão 15 quilos acima do ideal. Além disso, foram identificados tratamentos realizados nos últimos 5 anos, incluindo doenças cardíacas (16%), obesidade (15%), doenças respiratórias (14%) e, de forma menos frequente, tratamento para câncer (3%).

Marlene Oliveira enfatiza a necessidade de mudar o paradigma de masculinidade que muitas vezes impede os homens de procurarem cuidados médicos. Ela destaca a importância de educar meninos desde cedo sobre a importância da saúde, da mesma forma como se educa as meninas, e incentiva campanhas públicas voltadas para essa conscientização.

A discussão sobre a saúde masculina, segundo Oliveira, deve ser tão natural quanto a educação sobre saúde feminina, permitindo que os homens reconheçam e busquem ajuda diante de possíveis problemas de saúde, ao invés de adotar uma postura de “normalidade” diante de sintomas preocupantes.

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