O cenário econômico brasileiro previsto para 2025 preocupa não apenas economistas, mas também médicos, clínicas e gestores da saúde. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (7), o país deve crescer apenas 1,97% este ano, com inflação batendo 5,65% e juros básicos subindo para 15%. Esse ambiente de alta de custos e baixa expansão econômica já começa a afetar o acesso à saúde privada e sobrecarregar ainda mais o SUS.
Especialistas alertam para aumento nos custos dos insumos médicos, dos planos de saúde e de medicamentos, com impacto direto no paciente. Muitas famílias estão cancelando seus convênios ou reduzindo consultas de rotina, o que retarda diagnósticos e pode agravar doenças silenciosas.
O reflexo no consultório: queda nas consultas particulares e aumento da demanda no SUS
Com o dólar em R$ 5,90, clínicas e hospitais já enfrentam reajustes de produtos importados, enquanto pacientes evitam procedimentos não urgentes por falta de recursos. O IPCA de fevereiro, que foi de 1,31%, reforça a pressão sobre o sistema de saúde. Médicos também relatam aumento de transtornos relacionados ao estresse, como gastrite, queda de cabelo e distúrbios do sono, motivados por dívidas e insegurança financeira.